Nosso papo de hoje vai com uma receita
fácil e exótica, para encantar e surpreender os convidados, mas nasce, como
sempre, com um caso.
Um caso de paixão. Com raízes na infância.
Quando menino, não eram tantas as opções de
restaurantes, nem era tão difundido o hábito de sair para comer fora.
Mas, na minha casa, isto acontecia. E com
uma certa frequência!
Datam desta fase muitos casos e muitas
casas. Algumas especiais, como o bom e velho Tavares, com os mistérios das
caças... Mas isso é outro caso. Um dia, aparece por aqui.
O do momento fala da comida asiática e
começa na China.
Bem, não na China, mas naquela região da
Olegário Maciel e da Santa Catarina, onde sempre foram parar os restaurantes
chineses, nesta nossa BH.
Chegávamos ali, vinham os pratos, quantos
mistérios!
O camarão empanado, o lombo doce e azedo, o
frango xadrez, a costelinha frita, molho de gengibre, molho de soja, broto de
bambu, broto de feijão, trovão, banana e maçã, carameladas. Tudo diferente,
exótico, delicioso.
Gostava tanto que nos meus 11 ou 12 anos,
não tenho certeza, troquei a festinha de aniversário por levar alguns amigos
para o restaurante chinês.
Numa época, fiquei amigo do
"maitre" do Yun Ton. Era uma beleza! Chegava lá, ele vinha para a
minha mesa, íamos discutir o que ele ia mandar preparar para mim, sempre coisas
novas, fora do cardápio da casa. E ele me serviu vieiras, cogumelos exóticos,
aspargos verdes, ovas... Uma infinidade de coisas e preparos.
Eu cada vez mais velho, mais cozinheiro, ia
para a frente do fogão e ensaiava preparos, queria reproduzir gostos e
texturas. Aprendi o caminho da Mercearia Tokyo, arrumei uns livros, fui
melhorando.
E resolvi experimentar outras opções do
oriente.
Achei uns por aqui, muitos fora daqui,
Experimentei japoneses, tailandeses, vietnamitas, indonésios, coreanos.
Em cada um garimpando um gosto, pegando uma
referência.
Conheci indianos! E um belo dia, em Nova
York, em uma loja sensacional (ainda mais para a época, mais de 15 anos atrás),
a Dean & DeLuca (www.deandeluca.com),
comprei um grande kit de temperos indianos, bem completo, acompanhado de um
cookbook, decifrando preparos e usos.
Daí em diante, não parei mais, sempre
brincando com estes sabores.
E sempre aproveitando oportunidades de
conhecer pratos e ideias, frequentando restaurantes com estes temas.
A receitinha a seguir, simples e deliciosa,
foi criada a partir de uma sobremesa que provei num restaurante de BH, muito
interessante, que é o Bangkok Royal Thai Cuisine (http://restaurantebangkok.wix.com/bankoknovo),
do Chef Beto Haddad.
Vale a pena experimentar!
Compota rápida de manga ao coco
Ingredientes
Manga (Palmer, de
preferência, não muito maduras)
Açúcar refinado
Água de coco
Canela (em pau)
Cravo da Índia
Creme de coco (da
Exotic Food – Verdemar; pode ser trocado por leite de coco integral)
Pimenta do reino
branca
Preparo
Picar a manga em fatias finas.
Fazer uma calda, em ponto de fio, com o açúcar
e a água de coco. Quando estiver começando a fervura, colocar a canela e o
cravo. Retirá-los assim que der o ponto.
Colocar a manga e deixar começar a amolecer
(bem pouco).
Acrescentar o creme de coco, temperar com
um pouquinho de pimenta do reino branca (de preferência, moída na hora).
Desligar e por para esfriar e gelar.
Variação
Trocar a pimenta do reino por gengibre. Uma
opção é fazer uma boneca com um pouco de gengibre, que deve ser usada junto com
a canela e o cravo.
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