quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Um doce diferente e um caso pra contar

Nosso papo de hoje vai com uma receita fácil e exótica, para encantar e surpreender os convidados, mas nasce, como sempre, com um caso.
Um caso de paixão. Com raízes na infância.
Quando menino, não eram tantas as opções de restaurantes, nem era tão difundido o hábito de sair para comer fora.
Mas, na minha casa, isto acontecia. E com uma certa frequência!
Datam desta fase muitos casos e muitas casas. Algumas especiais, como o bom e velho Tavares, com os mistérios das caças... Mas isso é outro caso. Um dia, aparece por aqui.
O do momento fala da comida asiática e começa na China.
Bem, não na China, mas naquela região da Olegário Maciel e da Santa Catarina, onde sempre foram parar os restaurantes chineses, nesta nossa BH.
Chegávamos ali, vinham os pratos, quantos mistérios!
O camarão empanado, o lombo doce e azedo, o frango xadrez, a costelinha frita, molho de gengibre, molho de soja, broto de bambu, broto de feijão, trovão, banana e maçã, carameladas. Tudo diferente, exótico, delicioso.
Gostava tanto que nos meus 11 ou 12 anos, não tenho certeza, troquei a festinha de aniversário por levar alguns amigos para o restaurante chinês.
Numa época, fiquei amigo do "maitre" do Yun Ton. Era uma beleza! Chegava lá, ele vinha para a minha mesa, íamos discutir o que ele ia mandar preparar para mim, sempre coisas novas, fora do cardápio da casa. E ele me serviu vieiras, cogumelos exóticos, aspargos verdes, ovas... Uma infinidade de coisas e preparos.
Eu cada vez mais velho, mais cozinheiro, ia para a frente do fogão e ensaiava preparos, queria reproduzir gostos e texturas. Aprendi o caminho da Mercearia Tokyo, arrumei uns livros, fui melhorando.
E resolvi experimentar outras opções do oriente.
Achei uns por aqui, muitos fora daqui, Experimentei japoneses, tailandeses, vietnamitas, indonésios, coreanos.
Em cada um garimpando um gosto, pegando uma referência.
Conheci indianos! E um belo dia, em Nova York, em uma loja sensacional (ainda mais para a época, mais de 15 anos atrás), a Dean & DeLuca (www.deandeluca.com), comprei um grande kit de temperos indianos, bem completo, acompanhado de um cookbook, decifrando preparos e usos.
Daí em diante, não parei mais, sempre brincando com estes sabores.
E sempre aproveitando oportunidades de conhecer pratos e ideias, frequentando restaurantes com estes temas.
A receitinha a seguir, simples e deliciosa, foi criada a partir de uma sobremesa que provei num restaurante de BH, muito interessante, que é o Bangkok Royal Thai Cuisine (http://restaurantebangkok.wix.com/bankoknovo), do Chef Beto Haddad.
Vale a pena experimentar!

Compota rápida de manga ao coco

Ingredientes
Manga (Palmer, de preferência, não muito maduras)
Açúcar refinado
Água de coco
Canela (em pau)
Cravo da Índia
Creme de coco (da Exotic Food – Verdemar; pode ser trocado por leite de coco integral)
Pimenta do reino branca

Preparo
Picar a manga em fatias finas.
Fazer uma calda, em ponto de fio, com o açúcar e a água de coco. Quando estiver começando a fervura, colocar a canela e o cravo. Retirá-los assim que der o ponto.
Colocar a manga e deixar começar a amolecer (bem pouco).
Acrescentar o creme de coco, temperar com um pouquinho de pimenta do reino branca (de preferência, moída na hora). Desligar e por para esfriar e gelar.
Variação

Trocar a pimenta do reino por gengibre. Uma opção é fazer uma boneca com um pouco de gengibre, que deve ser usada junto com a canela e o cravo.

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